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Carioca, formada em jornalismo, Marcia Cristina iniciou a carreira na área de Comunicação Social do BNH e da Caixa Econômica Federal. Foi repórter de TV em Salvador e editora de reportagens em Curitiba. Em 1995 passou para a área de negócios e foi gerente geral de unidades de negócios da Caixa na Bahia. Pós-graduada em Gerência de Marketing pela ESPM/SP (ministrado em Salvador) e MBA em Gestão Empresarial pela Universidade Católica de Salvador em parceria com a UFRJ. Em 2009 lançou o livro “Ética no Ambiente de Trabalho, editora Campus/Elsevier. Entre 2013 e 2016 trabalhou na área de educação da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem - ABCD, no Ministério do Esporte, exercendo também a Diretoria de Informação e Educação em defesa da Ética no Esporte. Em 2018 participou da coletânea, Criativos, Inovadores e Vencedores, editado pela Literare Books, São Paulo e lançou o segundo livro solo, Conduta Ética e Sustentabilidade Empresarial, pela editora Alta Books. Vive agora em Portugal.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Papa Bento XVI pede mais Ética na Economia Mundial

CIDADE DO VATICANO, 9 Jan (Reuters) - A crise global mostra que o mundo precisa de ética econômica e de novas regras para que o sistema financeiro beneficie toda a humanidade, disse o papa Bento XVI nesta segunda-feira, em seu discurso para o Ano Novo.
"O momento presente é tristemente marcado por uma inquietação profunda e as várias crises - econômica, política e social - são uma expressão dramática disso", disse ele a diplomatas no que ficou conhecido como seu discurso anual sobre "o estado do mundo".

Ele disse que "os desenvolvimentos graves e inquietantes da crise financeira e econômica global" que começou nos países industrializados agora estavam contagiando o mundo e deixando muitos, principalmente os jovens, desorientados e frustrados.

Acrescentando um toque pessoal a apelos feitos em documentos recentes do Vaticano, Bento XVI pediu uma injeção de ética no modo como a economia mundial é administrada.
"A crise pode e deve ser um incentivo para refletirmos sobre a existência humana e sobre a importância de sua dimensão ética", disse, dirigindo-se em francês a diplomatas de quase 180 países.
As mudanças na economia não deveriam ser apenas "um esforço para conter as perdas privadas ou para escorar as economias nacionais, mas para nos dar novas regras que garantam que todos possamos levar uma vida digna e desenvolver nossas capacidades para o benefício da comunidade como um todo".

Desde o início da recessão, Bento XVI diz que a falta de ética suficiente no mundo das finanças não deve ser ignorada, e que decisões econômicas deveriam ser baseadas nos avanços do bem comum e não no lucro individual.

Um importante documento divulgado em outubro pelo departamento de paz e justiça do Vaticano pediu reformas extensas no mundo econômico e a criação de uma autoridade global de ética para regular o mercado financeiro. (extraído do site G1-Mundo - 
Por Philip Pullella)

O Papa pode não representar mais o grande sábio de tempos passados, mas é importante que a Igreja Católica contribua para que os governantes percebam a necessidade imperiosa de alterar a regra atual dos mercados financeiros, que priorizam o interesse e o bem individual e privado sem qualquer preocupação com os danos que podem estar causando na vida de milhões de pessoas.
O objetivo absoluto de aumentar ganhos, de fazer dinheiro a partir do dinheiro e não do trabalho, que domina a economia mundial precisa ser repensado. 
As consequências desse hábito já prejudicaram o ecossistema e agora ameaçam até a evolução da humanidade! Algumas transações baseadas em negócios muito lucrativos têm amplitude suficiente para arruinar a qualidade de vida de uma sociedade inteira, comprometendo seu desenvolvimento e sua sustentabilidade.
Até onde vamos esperar acontecer novas crises para entender que as consequências futuras dessa roda financeira podem atingir a todos nós? Muitos jovens já perceberam que os interesses econômicos da minoria (1%) estão destruindo as oportunidade de futuro da maioria da população mundial (99%) que vivem à margem das decisões emanadas dos governantes e grandes investidores. O movimento dos Occupiers Wall Street, que infelizmente não soube aproveitar a oportunidade de mídia que tiveram para divulgar novas ideias, foi silenciado pela polícia que cumpriu ordens de governantes sem visão ética suficientemente isenta para entender a grandiosidade daquela manifestação social.
2012 começa com um panorama nada favorável a novos tempos de crescimento econômico mundial e sem perspectivas de grandes mudanças, mas a sensibilização de formadores de opinião de grande influência como o Papa Bento XVI já é um sinal de que podemos ter esperança numa sociedade mais preocupada com a ética.