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Carioca, formada em jornalismo, Marcia Cristina iniciou a carreira na área de Comunicação Social do BNH e da Caixa Econômica Federal. Foi repórter de TV em Salvador e editora de reportagens em Curitiba. Em 1995 passou para a área de negócios e foi gerente geral de unidades de negócios da Caixa na Bahia. Pós-graduada em Gerência de Marketing pela ESPM/SP (ministrado em Salvador) e MBA em Gestão Empresarial pela Universidade Católica de Salvador em parceria com a UFRJ. Em 2009 lançou o livro “Ética no Ambiente de Trabalho, editora Campus/Elsevier. Entre 2013 e 2016 trabalhou na área de educação da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem - ABCD, no Ministério do Esporte, exercendo também a Diretoria de Informação e Educação em defesa da Ética no Esporte. Em 2018 participou da coletânea, Criativos, Inovadores e Vencedores, editado pela Literare Books, São Paulo e lançou o segundo livro solo, Conduta Ética e Sustentabilidade Empresarial, pela editora Alta Books. Vive agora em Portugal.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

AS ESCOLHAS DE CADA DIA

Percebo, satisfeita, que muitos dos leitores que comentam os artigos aqui publicados enxergam os textos pelo ângulo espiritual e religioso.

Realmente, viver de acordo com a consciência ética em tudo se assemelha a seguir a orientação comum a todas as religiões: fazer o bem, fazer o certo, ser justo, calmo, leal e honesto.

Os Dez Mandamentos foram a primeira orientação sobre o que a humanidade (mundo ocidental) deveria fazer e o que não deveria fazer para alcançar o paraíso.

Na antiga Grécia, os filósofos Aristóteles, Platão e Sócrates se dedicaram, entre muitos outros estudos, a definir o que é a ética e como as pessoas deviam agir para que fosse criada uma sociedade melhor para todos.

Quase 400 anos depois, Jesus Cristo falava do Reino de Deus e como seus seguidores deviam agir para viver em paz e ser feliz nesse reino. Simplificando muito, Jesus também afirmava que era preciso ser bom, justo, honesto, humilde e correto. Jesus condenava atitudes que têm origem na vaidade, na arrogância, na ira e no egoísmo.

As demais religiões, incluindo as orientais, seguem a mesma linha ética.

Assustador é constatar que, em nome de Deus (seja lá o nome pelo qual é chamado), e também em nome de Jesus Cristo, foram e continuam sendo cometidas as maiores barbaridades contra a humanidade e contra tudo o que pregam todas as filosofias religiosas.

Tem muito ateu e agnóstico que é muito mais ético que muitos líderes religiosos. Dá para entender?

A opção pelo ser ético depende de cada escolha feita a cada momento da vida. Agimos conforme a própria consciência e ainda assim, embora muitas vezes a consciência "fala" qual é a melhor decisão e a pessoa insiste em seguir o pior caminho, geralmente por egoísmo ou ganância.

Determinadas atitudes alteram toda a vida de uma pessoa e das pessoas que a cercam! Seus efeitos são permanentes e alteram todo o futuro.

À cada escolha corresponde uma consequência, o que vai ao encontro do que afirma a "Lei do Retorno".

A visão imediatista enxerga apenas o benefício do momento e prefere não enxergar os riscos, o mal e o sofrimento que pode causar ou acredita firmemente que coisas ruins só acontecem com os outros. A certeza de que suas atitudes erradas nunca serão descobertas e, se forem, permanecerão impunes é o combustível de quem decide pelo caminho errado sabendo que está errado.

As paixões distorcem a visão lúcida. Com a percepção embaçada, muitas decisões erradas tornam-se incontroláveis para pessoas emocionalmente imaturas. Nesse caso, quando a consequência nefasta acontece, só resta a culpa e o arrependimento porque, provavelmente, a própria pessoa também é prejudicada e sofre por isso.

A cada escolha corresponde uma renúncia. Quando a opção é egoísta ou apaixonadamente cega acaba por provocar sofrimento e abre espaço para a perda da própria paz e, às vezes, também da saúde e da liberdade.