Costumo ouvir com interesse as muitas queixas de profissionais de todos os níveis hierárquicos. Variam de falta de apoio da chefia a excesso da carga horária ou entraves burocráticos, entre outros.
Entretanto, apesar de tantos cursos e ampla literatura sobre liderança, importância da equipe (ou time) e boa convivência no ambiente de trabalho, a grande maioria ainda se refere a ASSÉDIO MORAL.
Os chefes ainda não aprenderam a liderar, sabem (e parecem sentir prazer) em mandar. Mandam sem querer ouvir objeções, opiniões ou sugestões. Gostam da máxima "Manda quem pode, obedece quem tem juízo" - e precisa do emprego.
Liderança, como demonstra o quadro da última publicação desta página, é muito diferente de chefia.
O sentimento de poder inebria e alimenta a vaidade de pessoas fracas de caráter. Muitos chefes autoritários aprenderam a ser assim observando o comportamento dos exemplos de chefes que experimentaram no início de suas carreiras.
Eles sofreram na própria carne o mal que provocam na vida de seus subordinados, mas assimilaram que essa é a postura correta e ficam felizes em exercer o comando dentro desse modelo. Alimentam sua vaidade e inflam seus egos pouco evoluídos.
Sei de equipes amedrontadas, com pessoas humilhadas e que se estressam apenas por estar diante do chefe. Algumas adoecem emocional e/ou fisicamente. Trabalham desmotivadas e muitas se cansam de apresentar ideias e propostas. Guardam seus projetos entre seus sonhos e convivem com a frustração de não ver acontecer projetos para os quais dedicaram seu tempo, seu empenho e sua criatividade
Trabalhar, mesmo quando as pessoas gostam do que fazem, torna-se um martírio diário pois, a qualquer momento, podem ser alvos da grosseria, da ira e da incompetência dos chefes que nunca assumem seus erros, mesmo quando todos que ali estão sabem que a ação que deu causa ao erro partiu de suas ordens.
É desanimador ver acontecer prejuízos ou falta de resultados por motivos que você ou seu colega previu, tentou avisar, mas não foi ouvido. E depois ouvir seu chefe passando a responsabilidade do erro para quem tento avisar.
Curioso é que alguns líderes que agem da maneira humana e correta, correm o risco de não ser devidamente respeitados e suas demandas não são priorizadas porque ele é legal e educado!!! Isso é assunto para outra postagem.
A conduta ética no ambiente de trabalho e nos relacionamentos pessoais é condição fundamental para construção da boa reputação e da credibilidade. Para que uma pessoa seja reconhecida por sua integridade e confiabilidade é necessário um longo tempo para criação da boa imagem pessoal. Entretanto, basta um pequeno deslize, uma mentirinha qualquer para que toda a sua história seja manchada. A recuperação da credibilidade é tarefa árdua e pode nunca mais acontecer.
Quem sou eu
- Marcia Cristina Gonçalves de Souza
- Porto, Porto, Brazil
- Carioca, formada em jornalismo, Marcia Cristina iniciou a carreira na área de Comunicação Social do BNH e da Caixa Econômica Federal. Foi repórter de TV em Salvador e editora de reportagens em Curitiba. Em 1995 passou para a área de negócios e foi gerente geral de unidades de negócios da Caixa na Bahia. Pós-graduada em Gerência de Marketing pela ESPM/SP (ministrado em Salvador) e MBA em Gestão Empresarial pela Universidade Católica de Salvador em parceria com a UFRJ. Em 2009 lançou o livro “Ética no Ambiente de Trabalho, editora Campus/Elsevier. Entre 2013 e 2016 trabalhou na área de educação da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem - ABCD, no Ministério do Esporte, exercendo também a Diretoria de Informação e Educação em defesa da Ética no Esporte. Em 2018 participou da coletânea, Criativos, Inovadores e Vencedores, editado pela Literare Books, São Paulo e lançou o segundo livro solo, Conduta Ética e Sustentabilidade Empresarial, pela editora Alta Books. Vive agora em Portugal.
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