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Carioca, formada em jornalismo, Marcia Cristina iniciou a carreira na área de Comunicação Social do BNH e da Caixa Econômica Federal. Foi repórter de TV em Salvador e editora de reportagens em Curitiba. Em 1995 passou para a área de negócios e foi gerente geral de unidades de negócios da Caixa na Bahia. Pós-graduada em Gerência de Marketing pela ESPM/SP (ministrado em Salvador) e MBA em Gestão Empresarial pela Universidade Católica de Salvador em parceria com a UFRJ. Em 2009 lançou o livro “Ética no Ambiente de Trabalho, editora Campus/Elsevier. Entre 2013 e 2016 trabalhou na área de educação da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem - ABCD, no Ministério do Esporte, exercendo também a Diretoria de Informação e Educação em defesa da Ética no Esporte. Em 2018 participou da coletânea, Criativos, Inovadores e Vencedores, editado pela Literare Books, São Paulo e lançou o segundo livro solo, Conduta Ética e Sustentabilidade Empresarial, pela editora Alta Books. Vive agora em Portugal.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Evolução Ética

A atual crise ética e moral que atravessamos faz parte da evolução da sociedade brasileira
Nos últimos tempos, tem sido frequente ouvir pessoas expressando sua descrença no futuro do Brasil.
Será que nosso país não tem solução?
Afirmo, com toda confiança, que o Brasil está acelerando os passos para uma sociedade mais consciente e justa.
É preciso lembrar que a corrupção, a mentira deslavada e os assaltos ao dinheiro público vem sendo praticados desde os tempos da colônia ou do Império. A diferença para os dias atuais é que não havia provas para acusar os mal feitores.
O desenvolvimento da tecnologia e a evolução dos mecanismos legais, como a delação premiada estão, finalmente, permitindo a comprovação de desvios cometidos por políticos, governantes, empresários e trabalhadores, tanto do setor público como do privado.
A ganância desmedida, a falta de escrúpulos, a falta de consciência ética, o egoísmo e a mentira estão sendo punidos. Isso é maravilhoso!
E o que animava essas pessoas a roubarem tanto?
A certeza da impunidade!
Pela primeira vez em nossa história (ops!) estamos vendo poderosos sendo desmascarados e presos. Isso é uma revolução e, sem dúvida, uma evolução!
Lógico que incomoda vermos o quanto fomos enganados, o quanto pessoas nas quais confiávamos podem ser desonestas, mentirosas e cínicas. É difícil até acompanhar e entender o funcionamento de tantos esquemas e a coragem que alguns dos envolvidos têm de negar o óbvio e materialmente comprovado, seja com documentos, vídeos ou gravações.
Entretanto, o resultado de tudo isso é muito bom!
A impunidade está definitivamente comprometida. O risco do desmascaramento aumentou e isso há de desestimular o surgimento de novas quadrilhas.
Estamos evoluindo. É na crise que novos controles são criados. A evolução da humanidade depende das crises que revelam os erros a serem consertados.
O mesmo acontece com a evolução moral e ética.
Vamos relembrar como era a sociedade brasileira há 200 anos atrás?
- direitos individuais eram ignorados (muito mais do que hoje);
- mulheres casadas tinham que ser submissas;
- mulheres solteiras eram humilhadas;
- negros eram escravos e podiam apanhar e até serem mortos;
- ensino superior era para muito poucos;
- mulheres não votavam;
- mulher que trabalhava fora de casa não era confiável;
- e muito mais absurdos aconteciam sob o domínio dos fazendeiros (coronéis) e outros tantos nobres e poderosos.
Todas as injustiças foram eliminadas? Não, mas falo de apenas 200 anos, o que é bem pouco em termos evolutivos.
Então, vamos acreditar que tudo isso vai passar, que novos líderes mais honestos e comprometidos com os valores éticos vão aparecer (e,claro, serão criticados... faz parte também).
Essa crença em um futuro melhor não elimina a necessidade de atuação direta da sociedade na busca e na manutenção de seus direitos, na realização de manifestações públicas e pacíficas para exigir a correção de posturas e adequação da política brasileira aos valores éticos.
Importante é que todos que hoje estão indignados, desempregados e passando por tantas dores e dificuldades provocadas pela crise econômica que também atravessamos (e que teve sua origem no crescimento absurdo do número de bandidos e de valores desviados), façam a sua parte no dia-a-dia de suas decisões e atitudes.
Vamos respeitar o direito dos outros da mesma forma que buscamos os nossos direitos e, principalmente, vamos pensar no exemplo que estamos dando às crianças, filhos ou não, com o nosso comportamento no trabalho, na família, no condomínio, nas reuniões religiosas, nas ruas, no trânsito... na vida.

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