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Carioca, formada em jornalismo, Marcia Cristina iniciou a carreira na área de Comunicação Social do BNH e da Caixa Econômica Federal. Foi repórter de TV em Salvador e editora de reportagens em Curitiba. Em 1995 passou para a área de negócios e foi gerente geral de unidades de negócios da Caixa na Bahia. Pós-graduada em Gerência de Marketing pela ESPM/SP (ministrado em Salvador) e MBA em Gestão Empresarial pela Universidade Católica de Salvador em parceria com a UFRJ. Em 2009 lançou o livro “Ética no Ambiente de Trabalho, editora Campus/Elsevier. Entre 2013 e 2016 trabalhou na área de educação da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem - ABCD, no Ministério do Esporte, exercendo também a Diretoria de Informação e Educação em defesa da Ética no Esporte. Em 2018 participou da coletânea, Criativos, Inovadores e Vencedores, editado pela Literare Books, São Paulo e lançou o segundo livro solo, Conduta Ética e Sustentabilidade Empresarial, pela editora Alta Books. Vive agora em Portugal.

terça-feira, 12 de julho de 2011

A batalha pela Ética

Foi muito bom ler o artigo da jornalista Cláudia Pereira na revista "Brasíla em Dia" que trata da ética a partir da exigência contratual na nova diretora do FMI, Christine Lagarde, onde fica expressa a obrigação de adotar “o mais alto padrão de conduta ética”. http://migre.me/5eHT3
Em 2009, lancei, pela Editora Campus/Elsevier, o livro “Ética no Ambiente de Trabalho – uma abordagem franca sobre a conduta ética dos colaboradores”. Empolgada por conseguir editar meu livro por uma editora altamente respeitada, já que muitos dos livros que usei nas minhas duas pós-graduações eram editados pela Campus, antecipei minha aposentadoria para dedicar-me ao trabalho de divulgar o conteúdo do meu livro por meio de palestras, workshops e consultoria. Na mesma época, criei meu site www.trabalhoetico.com.br .
               Grande frustração!! Apesar do reconhecimento do valor do conteúdo do meu livro por pessoas gabaritadas como Mario Sérgio Cortella, Joel Dutra e Maria do Carmo Whitaker, meu trabalho não tem encontrado campo fértil para ser desenvolvido.
                No livro, por meio de exemplos verídicos por mim vivenciados ou presenciados em 28 anos de carreira, questiono a aceitação passiva de condutas que não apenas causam prejuízos a empresas, que muitas vezes passam despercebidos porque se perderem em meio ao “custo invisível”, como também destroem carreiras, causam desmotivação e muitas injustiças.
                Fui aceita no site www.palestrantes.org, dei algumas poucas entrevistas,  fiz algumas palestras, (até aqui sempre gratuitas) com ótima avaliação pelos presentes, mas, até agora, não passou disso. Percebo que o tema ética no trabalho não é estimulante porque pode provocar uma queda no volume de vendas.... e isso ainda é o mais importante! Respeito ao cliente, aos colegas e parceiros, política do “ganha-ganha”, valorização do “como” os resultados são obtidos ainda hoje ficam bonitos apenas como teoria. Implementar uma política de consequências justa e coerente causa desgaste pessoal e prejudica muitos interesses. Por enquanto, ainda está muito bem avaliado e valorizado os profissionais que alcançam resultados a qualquer preço! Até mesmo quando o resultado acaba gerando prejuízos futuros porque muitas empresas ainda não controlam adequadamente o pós-venda.
                Percebo que as empresas, de uma maneira geral, estão mais preocupadas em “parecer ética” por força do marketing e da necessidade de atrair investidores. Não estão preocupadas com a conduta ética dos seus representantes.
                Fiquei ainda mais decepcionada quando, ao encaminhar meu segundo livro para editoras, cujo título provisório é “Como Desenvolver a Consciência Ética nas Empresas”, recebi a negativa com o argumento de que se tratava de uma decisão estratégica porque “livros sobre ética não vendem”!
                Em conversas com profissionais de ética da FGV/SP e da UFRJ, entre eles a professora e autora de livros sobre ética Maria Cecília Coutinho de Arruda, que fez o prefácio do meu segundo livro, ouvi que a falta de procura por assuntos relativos à ética está sendo percebida por todos os profissionais da área. Maria Cecília é também diretora da ALENE – Associação Latinoamericana de Ética nos Negócios.
                Entretanto, acredito que existe luz no fim do túnel. O contrato da nova diretora do FMI nos traz alento e esperança de que possamos realmente trabalhar no sentido de melhorar o ambiente nas empresas e na sociedade.
                Os investimentos estrangeiros que chegam ao Brasil, e que agora estão sendo direcionados não apenas ao mercado financeiro, mas também às empresas, talvez façam aumentar a necessidade de uma atuação realmente ética.
                Só resta aguardar e torcer!!!

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